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RELEASE PARA IMPRENSA

Documentário de Lula Buarque de Hollanda investiga a polarização conflagrada pela maior crise política e econômica da História do Brasil e o seu paralelo no mundo. Realizado em meio à maior crise política e econômica da história do Brasil, o documentário O Muro investiga a polarização que inflamou de forma inédita um país que tem a miscigenação e a cordialidade como mitos fundadores. Dirigido pelo cineasta Lula Buarque de Hollanda, o filme constrói com uma estética experimental, na fronteira entre o documentário e a videoarte, um retrato urgente do Brasil atual.

A narrativa de O Muro se desenrola ao longo da série de manifestações que tomou o país nos meses que antecederam o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em agosto de 2016. Tais protestos dividiram os brasileiros em dois lados: enquanto uns consideram o impedimento da presidente um golpe, outros o justificam como freio emblemático na corrupção, ainda que essa corrupção se estenda através de várias linhas partidárias.   

                                             

O documentário testemunha manifestantes de campos rivais compartilhando seus pontos de vista contrastantes enquanto posam para a câmera. E também se dedica a uma leitura mais rigorosa dos fatos, ao entrevistar pensadores – cientistas políticos, historiadores, filósofos, acadêmicos, brasilianistas – que também acabam se revelando polarizados.

"Utopicamente idealizada, Brasília representa o rigor estético do projeto urbanístico de Oscar Niemeyer.  Ao testemunharmos a simplória estrutura de aço instalada no meio do gramado do Eixo Monumental, formando um muro precário, nos damos conta da existência de um sectarismo até então inédito no Brasil, que põe em cheque muito da nossa tradição cultural", diz o diretor.

O Muro nos leva ainda em uma viagem à Alemanha, em busca da sombra do lendário Muro de Berlim na sociedade alemã contemporânea, e a Israel, onde o muro que separa israelenses e palestinos simboliza a recusa em coexistir – sugerindo um paralelo de onde poderia chegar o Brasil, em caso da continuidade deste embate. O filme também joga luz sobre o recente avanço da extrema direita no Brasil e no mundo, examinando a complexidade do momento, mesclando depoimentos conflitantes e mostrando, no caso do Brasil, um denominador comum: a postura de uma sociedade em franca transformação, onde a distopia parece ser o denominador comum, exigindo uma nova forma de se fazer política.

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